O CNU 2025 está se aproximando e o Bloco 1 é uma das áreas que mais despertam interesse entre candidatos com formação técnica, especialmente em Engenharia e Arquitetura. Mesmo antes da publicação oficial do edital, já temos informações relevantes sobre o perfil dos cargos, os órgãos participantes e o tipo de conteúdo que deve ser cobrado — tudo com base no histórico da edição anterior e nas declarações oficiais do governo, incluindo a Ministra Esther Dweck.
Neste texto, o Clipping reúne de forma objetiva e atualizada tudo o que já sabemos sobre o Bloco 1, além de orientações práticas para quem quer começar a preparação com inteligência e sair na frente da concorrência.
Você vai ver esse post:
- O que é o Bloco 1 do CNU?
- O que esperar do conteúdo programático do Bloco 1?
- Como foi a concorrência e a nota de corte do Bloco 1 no CNU 2024?
- O que muda com a FGV como nova banca do CNU?
- Como se preparar para o Bloco 1 do CNU?
- Conclusão
O que é o Bloco 1 do CNU?
O Bloco 1 do Concurso Nacional Unificado (CNU) reúne as vagas para carreiras ligadas às áreas de Engenharia, Arquitetura e Tecnologia. Ele faz parte da divisão por blocos temáticos criada pelo governo federal para organizar os concursos de forma mais racional, agrupando os cargos por afinidade de perfil profissional.
Assim como nas demais áreas, os candidatos ao Bloco 1 farão uma única prova objetiva de conhecimentos gerais, uma prova de conhecimentos específicos voltada ao seu bloco, e uma prova discursiva — seguindo o modelo já confirmado para o CNU 2025.
O objetivo dessa organização é selecionar candidatos com formação técnica sólida, capazes de atuar em funções estratégicas de infraestrutura, obras públicas e desenvolvimento tecnológico dentro da administração federal.
Quais órgãos estão no Bloco 1?
Até o momento, o governo federal ainda não divulgou oficialmente a lista de órgãos que participarão do Bloco 1 no CNU 2025. No entanto, com base no que foi feito na edição de 2024, é possível prever alguns órgãos que devem continuar dentro desse bloco.
Na última edição, os seguintes órgãos participaram do Bloco 1:
- Ministério da Infraestrutura (hoje, Ministério dos Transportes)
- Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT)
- Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)
- Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT)
- Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ)
- Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC)
Além desses, outros órgãos com forte demanda por profissionais das áreas de engenharia, arquitetura e tecnologia também podem aparecer no Bloco 1 deste ano.
Lotação provável: A maioria das vagas costuma ser para Brasília, mas alguns órgãos com estrutura descentralizada, como DNIT e ANTT, podem oferecer vagas em outros estados.
Quais cargos fazem parte do Bloco 1?
Os cargos previstos no Bloco 1 têm um perfil técnico bem definido, com forte presença de engenheiros e arquitetos.
Na edição de 2024, os principais cargos foram:
- Analista de Infraestrutura
- Especialista em Regulação de Serviços de Transportes
- Tecnologista
- Engenheiro (diversas especialidades)
- Arquiteto
Requisitos de escolaridade: Todos os cargos do Bloco 1 são de nível superior, com formação específica exigida para cada área. Por exemplo:
- Engenharia Civil, Engenharia de Transportes, Engenharia Elétrica, Engenharia Mecânica (dependendo do cargo)
- Arquitetura e Urbanismo
- Outras formações técnicas ligadas à infraestrutura, regulação e tecnologia, conforme a vaga
Assim que o edital for publicado, o Clipping vai trazer a lista oficial de cargos com os requisitos detalhados.
O que esperar do conteúdo programático do Bloco 1?
Embora o edital do CNU 2025 ainda não tenha sido publicado, algumas definições já permitem ter uma boa noção de como será a distribuição das disciplinas no Bloco 1. A estrutura deve seguir o mesmo modelo consolidado no CNU 2024: um núcleo comum de Conhecimentos Gerais, mais uma parte focada nos Conhecimentos Específicos do bloco.
Essa organização tem como objetivo garantir que todos os servidores aprovados tenham uma formação mínima transversal, ao mesmo tempo que avalia com profundidade as competências técnicas de cada área.
Disciplinas de Conhecimentos Gerais
A Ministra Esther Dweck já confirmou que as disciplinas de conhecimentos básicos para os cargos de nível superior devem seguir a mesma linha do primeiro CNU. Essas disciplinas fazem parte das chamadas competências transversais, que, segundo a ENAP (Escola Nacional de Administração Pública), são exigidas de todos os servidores públicos, independentemente da área de atuação.
Se você vai concorrer ao Bloco 1, estas são as disciplinas que você deve considerar desde já:
- Políticas Públicas
- Ética e Integridade
- Administração Pública Federal
- Finanças Públicas
- Diversidade e Inclusão
- Desafios do Estado de Direito
Esses conteúdos servem para avaliar a capacidade do futuro servidor de compreender o funcionamento da administração pública e de se posicionar de forma ética e responsável frente aos desafios do Estado brasileiro.
Disciplinas de Conhecimentos Específicos
É na parte específica que o Bloco 1 realmente se diferencia dos demais.
Com base no que foi cobrado no CNU 2024 e no perfil técnico dos cargos, é razoável esperar que o conteúdo programático traga disciplinas ligadas a áreas como:
- Engenharia Civil
- Engenharia de Transportes
- Engenharia Elétrica
- Engenharia Mecânica
- Arquitetura e Urbanismo
- Regulação de Transportes
- Planejamento e Gestão de Infraestrutura
O foco será avaliar o domínio técnico do candidato sobre os principais temas de infraestrutura, obras públicas, logística, transporte e tecnologia aplicável à gestão de ativos públicos.
Além disso, vale ficar atento: A FGV, como nova banca organizadora, pode trazer questões com maior nível de contextualização prática e abordagem interdisciplinar. Isso significa que o candidato precisará não apenas saber o conteúdo, mas também entender como aplicá-lo dentro da lógica da administração pública federal.
Como foi a concorrência e a nota de corte do Bloco 1 no CNU 2024?
Quem pretende disputar uma vaga no Bloco 1 do CNU 2025 precisa entender que este é um dos blocos com perfil técnico mais especializado, o que influencia tanto no número de inscritos quanto nas notas de corte.
Número de inscritos e relação candidato/vaga
Na edição de 2024, o Bloco 1 concentrou vagas em áreas como engenharia, arquitetura e infraestrutura logística. Isso naturalmente atraiu candidatos com formação nessas áreas específicas.
De acordo com os dados oficiais do Ministério da Gestão e Inovação (MGI), o Bloco 1 teve aproximadamente 25 mil inscritos para um total de 542 vagas. Isso resultou numa média geral de 46 candidatos por vaga, considerando todos os cargos e modalidades de concorrência.
É importante lembrar que a concorrência varia bastante entre os cargos dentro do bloco. Por exemplo:
- Cargos de Engenharia Civil geralmente concentram um número maior de inscritos.
- Já áreas mais técnicas e menos conhecidas, como Engenharia de Transportes, costumam ter uma relação candidato/vaga um pouco menor.
Para o CNU 2025, ainda não temos o número oficial de inscritos (obviamente, já que o edital ainda não foi publicado). Mas a tendência é que o Bloco 1 continue sendo um dos blocos com concorrência moderada, com perfis muito direcionados.
Nota de corte da edição anterior
A nota de corte do Bloco 1 no CNU 2024 foi uma das mais interessantes de analisar, justamente pelo impacto da padronização.
O modelo de cálculo utilizado seguiu a lógica da média ponderada entre:
- Conhecimentos Gerais (peso 40%)
- Conhecimentos Específicos (peso 60%)
- E, para alguns cargos, a inclusão da prova discursiva com peso adicional
Por conta da dificuldade técnica das provas, muitos cargos do Bloco 1 tiveram notas de corte relativamente baixas em termos de número bruto de acertos, mas com nota padronizada suficiente para classificação.
Exemplo prático (dados aproximados do cargo de Engenheiro Civil no DNIT em 2024):
- Nota de corte (percentual de acertos brutos): cerca de 55% a 60%
- Nota final (após padronização e aplicação de pesos): em torno de 65 a 70 pontos, dentro da escala padronizada usada no CNU
Esse cenário mostra como o desempenho relativo ao grupo de candidatos foi o fator decisivo, mais do que uma quantidade fixa de acertos.
Para 2025, a tendência é que a lógica se mantenha, principalmente porque o Ministério já confirmou que o modelo de padronização continuará.
O que muda com a FGV como nova banca do CNU?
A definição da Fundação Getulio Vargas (FGV) como banca organizadora do CNU 2025 é uma das maiores novidades desta segunda edição. E, para quem pretende concorrer no Bloco 1, entender o perfil da FGV é fundamental para ajustar a preparação.
Estilo de prova
A FGV tem um histórico bem conhecido entre os concurseiros: é uma banca que valoriza a interpretação, o raciocínio lógico e a aplicação prática dos conceitos, especialmente nas áreas técnicas.
O que o histórico da FGV mostra:
- Enunciados longos e interpretativos: Mesmo nas disciplinas de exatas, a FGV costuma apresentar enunciados contextualizados, exigindo atenção à leitura e compreensão antes da aplicação do conhecimento técnico.
- Cobrança de conceitos interdisciplinares: A banca tem o hábito de trabalhar com questões que exigem não só domínio teórico, mas também capacidade de analisar situações reais, principalmente em temas ligados a gestão pública, infraestrutura e políticas públicas.
- Discursivas com foco em argumentação técnica: Para cargos como os do Bloco 1, é muito provável que a prova discursiva envolva análise de cenários técnicos, estudos de caso ou elaboração de pareceres, com foco em clareza, estrutura lógica e domínio de conteúdo específico.
- Menor previsibilidade nos padrões de cobrança: Diferente de outras bancas, a FGV costuma variar bastante o estilo de questões entre concursos diferentes, o que reforça a importância de fazer uma preparação focada nas habilidades essenciais (interpretação, resolução de problemas e domínio técnico).
Para o Bloco 1, o candidato pode esperar uma prova tecnicamente exigente, com foco tanto no conteúdo específico (como Engenharia, Arquitetura e Logística) quanto nas competências transversais exigidas de todos os servidores federais.
👉 No próximo tópico, vamos falar sobre como direcionar a sua preparação para o Bloco 1 mesmo antes do edital. Quer que eu siga?
Como se preparar para o Bloco 1 do CNU?
O Bloco 1 reúne cargos de perfil técnico, com forte presença de áreas como Engenharia, Arquitetura e Infraestrutura. Isso significa que a preparação precisa ser estratégica, especialmente agora, antes da publicação do edital.
Por onde começar antes do edital?
A melhor forma de ganhar vantagem competitiva neste momento é focar nas disciplinas de Conhecimentos Gerais, que são comuns a todos os blocos de nível superior e já foram confirmadas como base pela Ministra Esther Dweck.
Prioridades de estudo agora:
- Políticas Públicas: Compreender o ciclo de políticas públicas, análise de stakeholders e processos de implementação.
- Ética e Integridade: Enfoque em ética na administração pública, integridade institucional e mecanismos de controle.
- Administração Pública Federal: Estude os princípios constitucionais, a estrutura organizacional do Executivo Federal e o papel dos órgãos de controle.
- Finanças Públicas: Entenda o funcionamento do orçamento público, a LDO, a LOA e os principais conceitos de gestão fiscal.
- Diversidade e Inclusão: Estude políticas afirmativas, direitos das minorias e marcos legais sobre inclusão.
- Desafios do Estado de Direito: Aborde os principais dilemas da gestão pública em um Estado Democrático de Direito, com foco na governança e transparência.
Por que começar por essas disciplinas? Elas são conteúdos transversais que, independentemente do cargo ou do bloco, terão peso importante na nota final. Além disso, começar por elas agora evita sobrecarga quando o edital for publicado.
Se você já sabe que seu foco será o Bloco 1, vale também revisar conteúdos básicos de Engenharia, Arquitetura ou áreas correlatas, mesmo que o detalhamento dos Conhecimentos Específicos só venha com o edital.
Como organizar os estudos após a publicação do edital?
Quando o edital sair (previsto para julho), o cenário vai exigir um ajuste imediato de rota.
O que fazer na sequência:
- Revisar rapidamente os Conhecimentos Gerais: Você já terá construído uma base sólida. Agora é o momento de consolidar e focar nas lacunas.
- Direcionar o foco para os Conhecimentos Específicos: A partir do conteúdo programático oficial, monte um plano intensivo de estudos para as disciplinas técnicas do seu cargo.
- Incluir simulações com padrão FGV: Priorize simulados que sigam a linha da banca: questões longas, contextualizadas e com grau de dificuldade mais elevado.
- Iniciar o treino de discursivas (se houver para o seu cargo): O Bloco 1 pode ter prova discursiva, e com a FGV como banca, o nível de exigência será alto. Mesmo que a estrutura exata só venha no edital, já é possível começar treinamentos focados em produção técnica e resolução de estudos de caso.
A antecipação agora e o ajuste rápido pós-edital serão os diferenciais para quem quiser competir pelas vagas mais disputadas do Bloco 1.
Conclusão
O Bloco 1 do CNU representa uma excelente oportunidade para quem tem perfil técnico e busca uma vaga estratégica no serviço público federal. Antecipar os estudos, focar nos conteúdos gerais e se preparar para as especificidades que o edital trará pode fazer toda a diferença.
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