Com o avanço da organização do CNU 2025, muitos candidatos já começam a se preocupar com um dos principais pontos da seleção: a prova discursiva. Embora o edital oficial ainda não tenha sido publicado, as declarações da Ministra Esther Dweck, a definição da banca FGV e o histórico do CNU 2024 nos permitem traçar um cenário bastante claro sobre o que esperar.
Neste texto, o Clipping reúne tudo o que você precisa saber sobre a discursiva do CNU: o papel que ela terá na sua classificação, o que já está confirmado, o perfil típico das provas da FGV e, principalmente, como você pode se preparar com inteligência desde já.
Você vai ver esse post:
- Qual é o papel da prova discursiva no CNU?
- O que já sabemos sobre a discursiva do CNU 2025?
- Separação entre objetiva e discursiva: como isso afeta a estratégia?
- A FGV como banca: como é sua prova discursiva?
- Como a discursiva pode variar entre os blocos do CNU?
- Como se preparar para a discursiva do CNU com antecedência?
- Conclusão
Qual é o papel da prova discursiva no CNU?
A prova discursiva no Concurso Nacional Unificado não é uma formalidade. Ela é um dos principais elementos de desempate entre os candidatos mais bem classificados, especialmente nos cargos de perfil estratégico — como os de nível superior ligados à formulação de políticas públicas, governança, planejamento e gestão.
Em 2024, a discursiva representou um peso significativo na nota final em vários blocos. Em alguns casos, chegou a compor até 30% da pontuação total. Isso significa que um desempenho apenas mediano na objetiva podia ser revertido — ou confirmado — por uma boa performance na discursiva.
Além disso, a discursiva atua como um filtro qualitativo. Diferente da prova objetiva, que avalia a capacidade de reconhecer respostas corretas, a discursiva exige:
- Organização lógica das ideias
- Clareza na exposição
- Domínio técnico sobre o tema
- Capacidade de argumentação fundamentada
Essas habilidades são justamente aquelas esperadas de profissionais que ocuparão funções de análise, formulação ou apoio estratégico no serviço público.
Por fim, é importante lembrar: no modelo adotado pelo CNU, a discursiva só é corrigida se o candidato atingir um desempenho mínimo na objetiva e estiver dentro do número de classificados por vaga. Isso reforça seu papel como etapa final e decisiva no processo de seleção.
O que já sabemos sobre a discursiva do CNU 2025?
Embora o edital oficial do CNU 2025 ainda não tenha sido publicado, algumas informações já foram confirmadas e ajudam a antecipar o que os candidatos podem esperar da prova discursiva deste ano.
Aplicação em data separada
A Ministra Esther Dweck, durante entrevista oficial, anunciou que a prova discursiva será aplicada em uma data distinta da prova objetiva. A previsão é que a objetiva aconteça em outubro e a discursiva, em dezembro de 2025. Essa separação tem como objetivo dar mais tempo aos candidatos para se dedicarem a cada etapa com foco total.
Confirmação da banca FGV
A Fundação Getulio Vargas (FGV) foi oficialmente definida como a banca responsável pelo CNU 2025. Isso por si só já indica um padrão de correção criteriosa, com foco em clareza, estrutura textual, domínio técnico e capacidade de argumentação — como já foi observado nas provas da edição anterior, em 2024.
Temas transversais e contextualizados por bloco
Seguindo o modelo do CNU 2024 e com base nas diretrizes do governo, a expectativa é que os temas da discursiva sejam alinhados ao conteúdo temático de cada bloco de cargos. Ou seja: o assunto da sua redação terá relação direta com as competências e a área de atuação do cargo que você escolheu.
Correção apenas para candidatos melhor classificados na objetiva
Outra informação que se mantém: a discursiva só será corrigida se o candidato atingir a nota mínima de corte na prova objetiva e estiver dentro do número de convocados para essa etapa. Portanto, garantir um bom desempenho na objetiva continua sendo o primeiro grande filtro do concurso.
Separação entre objetiva e discursiva: como isso afeta a estratégia?
A decisão de aplicar a prova discursiva do CNU 2025 em uma data diferente da objetiva é uma mudança relevante em comparação a muitos concursos tradicionais. Essa separação traz impactos diretos na forma como os candidatos devem estruturar sua preparação.
Mais tempo e foco para cada etapa
Com a discursiva agendada para cerca de dois meses após a prova objetiva, o candidato terá uma oportunidade inédita de concentrar esforços em cada fase separadamente. Isso significa poder encarar a objetiva com foco exclusivo na resolução de questões, sem a preocupação imediata com a redação.
Novas possibilidades de preparação em fases
Essa divisão permite trabalhar com uma preparação em duas etapas bem definidas: primeiro, garantir o desempenho necessário para avançar no concurso com a objetiva. Depois, com a classificação em mãos, direcionar o estudo para produção textual, estrutura argumentativa e aprofundamento nos temas mais prováveis da discursiva.
Ajuste no cronograma de estudos
O planejamento precisa considerar esse novo formato. Na primeira fase da preparação, o foco deve estar em dominar o conteúdo da objetiva. Após essa etapa, será o momento de mudar o foco para a discursiva, investindo tempo em prática de redação e análise de temas estratégicos para o bloco escolhido.
A FGV como banca: como é sua prova discursiva?
A definição da Fundação Getulio Vargas (FGV) como organizadora do CNU 2025 é um dado fundamental para entender o que esperar da prova discursiva. O histórico da banca em concursos de grande porte oferece pistas claras sobre o seu padrão de cobrança e correção.
Perfil típico da discursiva da FGV
A FGV é conhecida por propor questões discursivas que exigem mais do que simples capacidade de escrita. O candidato precisa demonstrar:
- Domínio técnico do conteúdo exigido no edital, com fundamentação precisa e uso adequado de conceitos específicos.
- Clareza e objetividade na argumentação, evitando divagações ou textos excessivamente genéricos.
- Estrutura textual rigorosa, com introdução, desenvolvimento lógico e conclusão bem definida.
- Boa redação oficial, com atenção a coesão, coerência e normas da língua portuguesa.
O que mostrou o CNU 2024
Na edição de 2024, a FGV reforçou essas características. As provas discursivas foram direcionadas por bloco temático e exigiram:
- Abordagem de temas contemporâneos e relevantes para o serviço público.
- Capacidade de análise crítica e aplicação prática de conceitos administrativos, jurídicos ou sociais, conforme o bloco.
- Uso de linguagem técnica adequada, principalmente nos cargos de perfil estratégico.
O que isso significa para o CNU 2025
O candidato que quiser se destacar na discursiva precisa ir além de saber “escrever bem”. Será essencial:
- Dominar os conteúdos-chave do bloco;
- Ter repertório técnico para discutir políticas públicas, administração ou temas especializados;
- Praticar estruturação de textos focados, com argumentação densa e linguagem formal.
Com base no padrão FGV, é seguro afirmar: a discursiva será uma etapa técnica, exigente e com grande poder de definir a classificação final.
Como a discursiva pode variar entre os blocos do CNU?
Um dos aspectos mais importantes da prova discursiva no CNU é que ela acompanha a lógica de divisão por blocos temáticos. Isso significa que a abordagem, o conteúdo e até o tipo de proposta textual podem mudar de um bloco para outro, refletindo as competências e o perfil exigido em cada área.
Cada bloco, um eixo temático distinto
O CNU organiza os cargos em blocos agrupados por áreas de conhecimento. Na edição de 2024, por exemplo, tivemos blocos como:
- Bloco 1 – Gestão Governamental e Políticas Públicas
- Bloco 2 – Infraestrutura, Exatas e Engenharia
- Bloco 3 – Saúde, Trabalho e Desenvolvimento Social
- Bloco 4 – Educação
- Bloco 5 – Tecnologia da Informação
- Bloco 6 – Agricultura e Meio Ambiente
- Bloco 7 – Administração e Finanças
- Bloco 8 – Nível Intermediário
Cada um desses blocos teve uma discursiva alinhada ao seu eixo temático.
Redação expositiva x Estudo de caso: o que muda?
A FGV costuma trabalhar com dois principais formatos de discursiva:
- Redação expositiva-argumentativa: Mais comum em blocos que exigem análise de políticas públicas, direito, gestão ou questões sociais. Exemplo típico: uma redação sobre os desafios da governança pública no Brasil, como ocorreu no Bloco 7 do CNU 2024.
- Estudo de caso: Frequente em áreas técnicas e especializadas. O candidato recebe uma situação-problema para analisar e apresentar soluções fundamentadas. Esse modelo foi usado, por exemplo, no Bloco 5 (TI), onde os candidatos precisaram resolver questões técnicas com base em cenários práticos.
O que esperar para o CNU 2025?
Embora o edital ainda não tenha sido publicado, a tendência é que a estrutura da discursiva siga o mesmo padrão de 2024, com adaptações conforme o perfil de cada bloco.
Quem concorrer a cargos em blocos de gestão e políticas públicas, por exemplo, deve esperar por temas mais analíticos e relacionados a políticas governamentais.
Já candidatos de blocos técnicos, como TI ou Engenharia, provavelmente enfrentarão estudos de caso com foco prático e técnico.
O mais importante é entender: não existe uma única “prova discursiva do CNU”. Existem várias, cada uma desenhada para avaliar as competências esperadas em cada bloco temático.
Por isso, ao planejar sua preparação, leve em conta o seu bloco específico e o formato mais provável de discursiva que será cobrado.
Como se preparar para a discursiva do CNU com antecedência?
A preparação para a prova discursiva do CNU não deve começar apenas após a publicação do edital. Pelo contrário: começar antes é um dos maiores diferenciais entre os candidatos que alcançam os primeiros lugares.
Entenda o perfil da FGV
Com a definição da FGV como banca organizadora, já é possível antecipar algumas características importantes:
- Cobrança de argumentação técnica e bem fundamentada A FGV valoriza respostas com estrutura lógica, clareza, domínio conceitual e capacidade de articulação de ideias.
- Exigência de domínio do conteúdo específico A correção da discursiva não foca apenas na escrita formal. O avaliador quer saber se você realmente domina os temas centrais do bloco e do cargo.
- Critérios objetivos na correção Geralmente, a FGV divulga critérios claros no edital: estrutura textual, desenvolvimento temático, domínio da norma culta e capacidade de argumentação.
Práticas essenciais para começar desde já
Veja o que você pode fazer antes mesmo da divulgação do edital:
- Estude os temas estratégicos de cada bloco Com base no CNU 2024 e nas falas da Ministra Esther Dweck, é possível mapear os conteúdos que mais aparecem nos blocos temáticos. Se você vai disputar um cargo de gestão, por exemplo, estude políticas públicas, administração e temas sociais.
- Treine redações e estudos de caso com regularidade A produção de textos é uma habilidade que melhora com prática. Adote o hábito de escrever ao menos uma discursiva por semana.
- Simule condições reais de prova Respeite o tempo de produção, faça revisões críticas e, se possível, peça correções feitas por especialistas.
- Leia documentos oficiais e atualizados A FGV costuma contextualizar as questões discursivas com base em documentos oficiais, como políticas governamentais, estratégias nacionais e dados estatísticos.
A importância de uma preparação técnica e direcionada
Ao entender desde agora o perfil da prova discursiva, você ganha tempo para desenvolver os dois pilares que a FGV mais valoriza: conteúdo técnico sólido e boa capacidade de expressão escrita.
Essa antecipação pode ser o seu diferencial no CNU 2025.
Para você interessado especificamente no Bloco 7 do CNU 2025, confira aqui o vídeo do professor Diogo Moreira, que analisa o bloco e dá dicas de estudos para a preparação:

Conclusão
A discursiva no CNU 2025 será um fator decisivo. Com a banca FGV à frente e a aplicação em data separada da prova objetiva, o nível de exigência deve ser ainda maior.
Para quem sonha com o cargo de Analista Técnico de Justiça e Defesa (ATJD), o cenário é claro:
- Peso real na nota final: A discursiva pode consolidar ou derrubar o desempenho na objetiva.
- Temas técnicos e atuais: Especialmente nas áreas de justiça, defesa e segurança pública.
- Concorrência qualificada: Só terá a redação corrigida quem estiver entre os primeiros na objetiva.
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