Os temas da redação do CNU Bloco 7 não surgirão por acaso. Eles serão escolhidos com base nos cinco eixos temáticos do edital e estarão conectados a desafios reais enfrentados pela administração pública federal.
Neste texto, você vai descobrir quais temas são mais prováveis, como a banca FGV costuma cobrá-los e como se preparar com método, fugindo do achismo e focando no que realmente pode aparecer no dia da prova.
Você vai ver esse post:
- Qual é o formato da redação no CNU Bloco 7?
- O que o edital já sinaliza sobre os temas da redação do bloco 7?
- Temas prováveis da redação do Bloco 7 em 2025
- Como a FGV costuma abordar temas em provas discursivas?
- Como treinar para qualquer tema?
- Conclusão
Qual é o formato da redação no CNU Bloco 7?
No CNU 2025, a prova objetiva do Bloco 7 será aplicada no dia 5 de outubro, e a prova discursiva ocorrerá separadamente no dia 7 de dezembro, ambos sob organização da FGV. As duas fases são eliminatórias e classificatórias, mas serão realizadas em dias distintos (ao contrário do que se cogitou inicialmente). O formato da discursiva segue a abordagem da banca: estudo de caso com perguntas analíticas, e foco na aplicação técnica ao cargo de Analista Técnico de Justiça e Defesa (ATJD).
Como será a redação do bloco 7?
- Um estudo de caso contextualizado, com base em situações reais ou simuladas da administração pública
- Duas questões analíticas, com foco em interpretação de cenário, proposta de solução e aplicação de conhecimento técnico
- Cobrança de clareza, coerência, domínio do conteúdo e capacidade de aplicar conceitos institucionais
Não há espaço para respostas genéricas ou opinativas. A FGV quer avaliar como o candidato pensa como gestor público técnico: interpreta problemas reais e propõe soluções fundamentadas.
Diferença-chave:
A redação do Bloco 7 não é sobre “ter ideias”; é sobre saber como pensar dentro da estrutura do Estado. Isso exige repertório técnico, leitura institucional e domínio dos eixos temáticos do edital.
O que o edital já sinaliza sobre os temas da redação do bloco 7?
Embora o edital do CNU Bloco 7 não traga temas de redação explicitamente, ele delimita com precisão o universo de assuntos possíveis. Isso porque a redação não será genérica: será extraída dos cinco eixos temáticos que compõem os Conhecimentos Específicos do cargo de ATJD, todos com peso 2 na prova objetiva e direta relação com as atribuições da função.
Esses eixos funcionam como fontes oficiais de temas. São eles:
- Justiça e Segurança Pública
Ex: articulação entre instituições, combate à criminalidade, sistema penitenciário, policiamento inteligente.
- Defesa Nacional e Inteligência de Estado
Ex: estratégia de defesa, ameaças híbridas, ciberinteligência, atuação das Forças Armadas.
- Migração, Refúgio e Direitos Humanos
Ex: crise humanitária, acolhimento de refugiados, tratados internacionais, proteção a populações vulneráveis.
- Tecnologia, Regulação e Justiça Digital
Ex: regulação de plataformas, desinformação, cibersegurança, digitalização de serviços públicos.
- Governança Pública e Avaliação de Políticas
Ex: avaliação de impacto, planejamento institucional, políticas baseadas em evidências, cooperação federativa.
A FGV costuma escolher temas que exigem visão estratégica, mas também capacidade de articulação entre marcos legais, dados institucionais e soluções operacionais. Não basta conhecer o tema: é preciso mostrar que você sabe pensar como um analista técnico do governo federal.
Temas prováveis da redação do Bloco 7 em 2025
Com base no edital, no perfil do cargo de ATJD e no padrão da FGV em provas discursivas, é possível prever com alto grau de plausibilidade os tipos de temas que podem aparecer. A banca tende a escolher problemas reais de gestão pública, que exigem resposta técnica, fundamentada e conectada com o funcionamento do Estado.
Abaixo, estão sete temas prováveis, organizados por eixo temático, que reúnem três critérios fundamentais: alta relevância institucional, incidência recente em políticas públicas e compatibilidade com o tipo de cobrança da FGV.
Justiça e Segurança Pública
- Integração de dados e inteligência entre órgãos de segurança pública
(tema ligado à prevenção de crimes e à articulação interinstitucional)
- Sistema prisional e alternativas penais no contexto da gestão pública federal
(ponto de interseção entre justiça, segurança e políticas sociais)
Defesa Nacional e Inteligência de Estado
- Cibersegurança como pilar da defesa institucional do Estado
(tema em alta, vinculado à soberania digital e ameaças híbridas)
- Uso de inteligência estatal para prevenção de riscos à ordem democrática
(aplicação de marcos legais em contexto de ameaças internas e externas)
Migração, Refúgio e Direitos Humanos
- Política migratória e acolhimento de refugiados no Brasil
(contexto de crise humanitária global e acordos internacionais)
Regulação, Tecnologia e Justiça Digital
- Desinformação e regulação de plataformas digitais
(assunto atual, com impacto direto sobre governança e justiça digital)
Governança e Avaliação de Políticas Públicas
- Avaliação de políticas públicas com base em evidências
(tema técnico, recorrente em documentos da OCDE e da ENAP, com cobrança típica da FGV)
O que todos esses temas têm em comum?
- São extraídos diretamente dos eixos do edital
- Exigem leitura crítica de cenários institucionais
- Cobram a capacidade do candidato de formular respostas técnicas e aplicáveis, como se já estivesse atuando no serviço público
Como a FGV costuma abordar temas em provas discursivas?
A FGV não cobra “redações livres”. Ela trabalha com estudos de caso institucionais, geralmente seguidos de perguntas analíticas, baseadas em problemas reais enfrentados pela administração pública.
O texto apresentado costuma descrever uma situação concreta, por exemplo, uma crise migratória em uma região de fronteira, um incidente de segurança cibernética em um órgão federal ou uma falha na articulação entre políticas de justiça e segurança pública. A partir desse cenário, o candidato é convidado a:
- Diagnosticar o problema com base em critérios técnicos e legais
- Apontar caminhos ou decisões possíveis com respaldo institucional
- Justificar a resposta com clareza e objetividade
O que a FGV avalia?
- Capacidade de análise técnica, e não opinião pessoal
- Domínio do conteúdo temático do edital; o repertório precisa ser relevante e aplicado
- Clareza na argumentação, com estrutura lógica e linguagem institucional
- Respostas bem direcionadas ao papel de um servidor público em posição estratégica
Estilo FGV em resumo:
| Característica | Como aparece na redação |
|---|---|
| Situação real | Contexto detalhado, com dados ou simulação de caso |
| Pergunta analítica | Foco em decisões, justificativas e implicações |
| Correção técnica | Fundamentação, clareza, aplicabilidade |
| Tom institucional | Linguagem neutra, objetiva, voltada à gestão pública |
A FGV cobra do candidato a capacidade de entender o problema, pensar como gestor e propor soluções realistas. Isso não se improvisa. É algo que se desenvolve com treino, leitura aplicada e familiaridade com o estilo da banca.
Como treinar para qualquer tema?
Se você entendeu o estilo da FGV e os eixos temáticos do edital, já sabe que a melhor forma de se preparar não é tentar adivinhar o tema exato, mas sim criar um método de treino que funcione para qualquer cenário possível.
Abaixo estão os pilares de uma preparação discursiva sólida, independente do tema que vier:
1. Treine com estrutura fixa
A FGV não exige criatividade literária; exige clareza técnica e raciocínio funcional. Para isso, use uma estrutura padrão, como:
- Introdução breve: contextualize o problema do caso apresentado
- Desenvolvimento analítico: responda de forma direta às perguntas, usando argumentos técnicos e referências institucionais
- Conclusão objetiva (se couber): amarre as ideias com foco em aplicabilidade
2. Use temas reais, e dos eixos certos
Evite temas genéricos ou de outras áreas. Foque em situações ligadas aos cinco eixos do edital. Use como base:
- Relatórios oficiais (CGU, TCU, OCDE, ENAP)
- Notícias de impacto institucional
- Casos reais já enfrentados por órgãos públicos
Isso treina conteúdo e contexto ao mesmo tempo.
3. Treine sob tempo
Você terá cerca de 1h30 para a discursiva, após resolver 80 questões objetivas. Ou seja, escrever bem e rápido será essencial.
- Cronometre seus treinos
- Pratique revisar sob pressão
- Treine diretamente com o estilo FGV: duas perguntas analíticas baseadas em um caso
4. Avalie o que importa
Ao revisar suas próprias respostas (ou ao corrigi-las com apoio), considere os quatro critérios essenciais:
- Clareza: o texto é direto e compreensível?
- Fundamentação: há base normativa, técnica ou institucional?
- Pertinência: a resposta realmente responde à pergunta?
- Aplicabilidade: a proposta faz sentido dentro do serviço público?
Quem escreve bem para a FGV não é quem tem “boa escrita”, mas quem sabe resolver um problema público em texto. E isso só se constrói com prática orientada, por tema e por estrutura.
Conclusão
A redação do Bloco 7 é técnica, previsível e exige preparo sério. Os temas não surgem do acaso: estão nos eixos do edital e refletem problemas reais da gestão pública.
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