Em 2024 celebramos marcos que moldaram o Brasil e o mundo. Aqui você encontra as efemérides históricas de 2024 mais significativas que, além de suas implicações no passado, ainda influenciam o presente.
Neste post, daremos continuidade aos marcos históricos mais importantes para a prova do CACD. Se você ainda não conferiu a primeira parte, clique aqui para saber mais!
160 anos da Guerra do Paraguai
A Guerra do Paraguai (1864-1870) foi um conflito militar entre o Paraguai e a Tríplice Aliança, formada por Brasil, Argentina e Uruguai. O conflito teve início quando o Paraguai, sob a liderança de Francisco Solano López, invadiu o Mato Grosso e o Rio Grande do Sul, além de territórios argentinos.
A disputa levou à devastação do Paraguai, com uma significativa redução de sua população e destruição de sua infraestrutura. Batalhas como a de Tuiuti e a de Curupaiti, foram notoriamente violentas, resultando em milhares de mortes.
Além das perdas humanas, a guerra gerou grandes despesas financeiras para os países aliados, que tiveram que mobilizar e manter os exércitos ao longo dos anos. O Brasil, por exemplo, participou dos confrontos enviando cerca de 200 mil soldados.
Por fim, a Guerra do Paraguai possui grande importância para a consolidação das fronteiras nacionais, pois resultou na definição clara dos limites territoriais entre Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai.
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110 anos da 1ª Guerra Mundial (1914)
A Primeira Guerra Mundial (1914-1918) foi um conflito global que envolveu as principais potências mundiais, divididas entre a Tríplice Aliança (Alemanha, Áustria-Hungria e Itália, que mudou de lado em 1915) e a Tríplice Entente (França, Reino Unido e Rússia).
O assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando da Áustria foi o estopim do conflito, que rapidamente se espalhou pela Europa. Caracterizada por trincheiras, novas tecnologias militares e uma guerra de desgaste, a Primeira Guerra Mundial resultou na morte de milhões de pessoas.
O Tratado de Versalhes, que encerrou o conflito, impôs duras condições à Alemanha, plantando as sementes para a Segunda Guerra Mundial.
A Primeira Guerra Mundial levou a mudanças geopolíticas significativas, como:
- a dissolução de impérios como o Austro-Húngaro, Otomano e Russo;
- a criação de novos estado, como a Tchecoslováquia, a Iugoslávia, a Polônia e entre outros; e
- a ascensão dos Estados Unidos e da União Soviética (URSS) como potências emergentes.
Outro impacto foi a criação da Liga das Nações.
100 anos da morte de Lênin (1924)
Vladimir Lênin, líder da Revolução Russa de 1917 e fundador do Partido Bolchevique, morreu em 1924. Lênin foi uma figura central na derrubada do regime czarista e na criação da URSS, ficando no poder de 1917 até 1924.
Suas políticas, como os Planos Quinquenais e a Nova Política Econômica (NEP), buscaram equilibrar o socialismo com algumas práticas de mercado para revitalizar a economia russa.
A morte de Lênin, em 1924, abriu caminho para a ascensão de Josef Stalin, que implementou políticas de industrialização rápida que visavam transformar a URSS em uma potência industrial e promoveu a coletivização forçada da agricultura, eliminando propriedades privadas e criando fazendas coletivas e estatais.
Mesmo após a sua morte, Lênin deixou como parte de seu legado a ideologia marxista-leninista, que influenciou movimentos comunistas em todo o mundo.
80 anos do Dia-D da 2ª Guerra Mundial (1944)
O Dia-D, ocorrido em 6 de junho de 1944, foi a maior operação anfíbia da história, marcando o início da libertação da Europa Ocidental do domínio nazista durante a Segunda Guerra Mundial. Liderada pelo general Dwight D. Eisenhower, a operação envolveu forças aliadas dos Estados Unidos, Reino Unido, Canadá e outras nações.
A operação iniciou com o desembarque de tropas nas praias da Normandia, enfrentando forte resistência alemã e resultando em intensos combates. Apesar das pesadas baixas iniciais, os Aliados conseguiram estabelecer cabeças de ponte e, nos dias seguintes, expandiram suas posições.
A operação marcou o início da libertação da Europa Ocidental do controle nazista, com as tropas aliadas avançando gradualmente para o interior da França, culminando na libertação de Paris em agosto de 1944.
O sucesso do Dia-D foi um ponto de virada crucial na guerra, permitindo o avanço aliado em direção à Alemanha.
75 anos da fundação da Alemanha Oriental e da Alemanha Ocidental (1949)
Em 1949, a Alemanha foi dividida em duas nações: a República Federal da Alemanha (Alemanha Ocidental) e a República Democrática Alemã (Alemanha Oriental).
A divisão foi resultado das tensões da Guerra Fria entre os blocos ocidental, liderado pelos Estados Unidos, e oriental, liderado pela URSS.
A Alemanha Ocidental adotou uma economia de mercado e se alinhou com o Ocidente, enquanto a Alemanha Oriental seguiu um modelo socialista sob influência soviética. A separação durou até a reunificação em 1990, após a queda do Muro de Berlim.
A fragmentação da Alemanha é um nítido exemplo dos impactos da divisão política e ideológica da Guerra Fria em um país, principalmente devido às diferenças econômica e social entre o leste e o oeste da Alemanha.
75 anos da OTAN (1949)
A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) foi fundada em 1949 como uma aliança militar entre países da América do Norte e Europa Ocidental, com o objetivo de conter a expansão soviética.
O art. 5º do Tratado do Atlântico Norte prevê que uma agressão a um membro equivale a uma agressão a todos, reforçando o conceito de segurança coletiva.
Os 12 membros fundadores da organização são: Bélgica, Canadá, Dinamarca, Estados Unidos, França, Islândia, Itália, Luxemburgo, Noruega, Países Baixos, Portugal e Reino Unido.
A OTAN desempenhou um papel crucial durante a Guerra Fria, servindo como um baluarte contra a ameaça comunista.
Após o colapso da União Soviética, a OTAN expandiu-se para incluir países do antigo bloco oriental e adaptou suas missões para enfrentar novas ameaças, como o terrorismo. Recentemente, durante o contexto da Guerra da Ucrânia, a Finlândia (2023) e a Suécia (2024) entraram na organização, totalizando 32 membros.
70 anos da morte de Getúlio Vargas (1954)
Getúlio Vargas, uma das figuras mais influentes da história política brasileira, faleceu em 1954. Vargas governou o Brasil em dois mandatos: de 1930 a 1945 e de 1951 a 1954.
Durante seu governo, implementou políticas de industrialização, modernização econômica e direitos trabalhistas, como a criação da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).
A morte de Getúlio Vargas, por suicídio, ocorreu em meio a uma crise política e deixou um legado controverso. Por um lado, Vargas é lembrado por suas contribuições ao desenvolvimento econômico e social do Brasil. Por outro, no entanto, é recordado devido ao seu governo autoritário durante o Estado Novo.
40 anos do movimento “Diretas Já” (1984)
As “Diretas Já” foram uma campanha popular no Brasil, em 1984, que exigia a realização de eleições diretas para a presidência da República, após duas décadas de regime militar.
Liderado por figuras como Ulysses Guimarães, Tancredo Neves e Lula, o movimento mobilizou milhões de brasileiros em comícios e manifestações.
A emenda que propunha eleições diretas obteve maioria, mas por não ter atingido uma maioria qualificada, como exigia a lei, acabou sendo rejeitada pelo Congresso. Apesar disso, as “Diretas Já” foram cruciais para a redemocratização do país.
Em 1985, Tancredo Neves foi eleito presidente pelo Colégio Eleitoral, marcando o fim do regime militar. Esta mobilização foi importante para a consolidação da democracia pois destaca a importância da participação popular na política brasileira.
30 anos do Genocídio de Ruanda (1994)
O Genocídio de Ruanda, ocorrido em 07 de abril de 1994, foi um dos episódios mais trágicos do século XX, resultando na morte de aproximadamente 800.000 pessoas, principalmente da etnia tutsi, em um período de 100 dias.
O massacre foi perpetrado por extremistas hutus contra a minoria tutsi, com a participação de milícias e civis.
A comunidade internacional foi amplamente criticada por sua inação durante a chacina. A extrema violência contra os tutsi deixou um legado de trauma profundo e desafios de reconciliação e justiça em Ruanda. Desde então, o país tem trabalhado para reconstruir sua sociedade e promover a unidade nacional.
Para julgar os crimes cometidos, a Assembleia Geral das Nações Unidas criou um tribunal ad hoc. Este tribunal serviu de inspiração para a criação do Tribunal Penal Internacional (TPI). O genocídio em Ruanda foi um grande lição para o mundo sobre como previnir e lidar com genocídios, levando a mudanças nas operações de paz das Nações Unidas e à adoção do conceito R2P (responsabilidade de proteger, em português).
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20 anos do Tribunal Permanente de Revisão do Mercosul (2004)
O Tribunal Permanente de Revisão do Mercosul (TPR) foi estabelecido em 2004 pelo Protocolo de Olivos para resolver disputas entre os países membros do bloco: Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.
O Tribunal é composto por um árbitro titular e outros três árbitros, cada um designado pelos governos da Argentina, do Brasil, do Paraguai e do Uruguai, além do quinto árbitro, que é escolhido de forma unânime pelos Estados Partes.
O objetivo do Tribunal é garantir a correta interpretação, aplicação e cumprimento dos instrumentos fundamentais do processo de integração e do conjunto normativo do MERCOSUL.
De maneira geral, as atividades desenvolvidas pelo Tribunal possuem competência contenciosa e consultiva. Os laudos emitidos pelo TPR são obrigatórios para as Partes na controvérsia assim que se tenham tornado firmes e tenham, então, adquirido força de caso julgado.
Desde sua criação, o TPR tem desempenhado um papel importante na promoção de segurança jurídica e de confiança entre os membros do bloco, contribuindo para a estabilidade e o crescimento econômico na região.
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